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terça-feira, 2 de julho de 2013

Pessoas Efêmeras - Vida Corrida

ㅤㅤㅤㅤAté onde a sua vista alcançava, Scarlett só via apenas o céu que estava com tonalidade fortes, beirando o vermelho, os edifícios eram bem simétricos, as ruas estavam cheias de gente e podia também sentir o vento. Ela não sabia há quanto tempo já estava ali e pouco se importava com o tempo, observava a enorme cidade. Paris, para muitos a cidade do romance, do amor. Entretanto para Scarlett era somente uma cidade insensível, porém moderna e organizada como nenhuma outra. A cidade vivia sua loucura diária e por incrível que parecesse às movimentações não estava como antes, não se viam muitos casais a passear de mãos dadas, nada disso se via, as pessoas corriam sim de um lado para o outro, no entanto era a trabalho, trabalho... Trabalho e por fim mais trabalho, aquilo sim imperava. Era começo da tarde de Domingo e ao invés de muitos estarem em suas casas com os familiares, estavam nas ruas ou ainda trancafiados em escritório com as mesas abarrotadas de papeis.  — Eu não posso viver minha vida assim.  —  Falou a mulher consigo mesma sem nem ao menos olhar para Nick sua alma que juntamente com sua dona observava pela janela. Os vultos todas aquelas pessoas pareciam efêmeras e sumiam assim como apareciam, por mais que a família fosse enorme, ela nunca havia se sentido tão só.

ㅤㅤㅤㅤDo nada um vento estranho tomou conta do âmbito, aquele vento era estranho, parecia vir do passado, desde a sua infância, até chegar aos momentos outrora felizes vividos com seus familiares. Vento que fazia o passado roçar seu rosto embranquecido e macio, podia até mesmo sentir as vozes e os cheiros das pessoas e dos locais anteriormente visitados, algumas destas pessoas mesmo estando tão perto pareciam estar longe, na loja onde ela estava à movimentação era enorme, o bruxos do mais alto escalão visitavam aquele local a procura das melhores e mais belas roupas e sapatos, Scarlett que sempre gostou de toda aquela futilidade ao analisar a vida que estava vivendo chegava à conclusão de que tudo na vida passava até mesmo a felicidade e o amor. 

ㅤㅤㅤㅤOs segundos no local pareciam se tornar uma dura eternidade, depois da reflexão feita ao observar as ruas da cidade, a matriarca Dihler virou-se para o centro da loja novamente a dona da mesma sorria como se a convidasse para ver a nova coleção. A cabeça da ministerial balançou negativamente.   Desculpe-me, mas não estou me sentindo bem, retorno amanhã e vejo tudo com mais calma sim?    Um riso visivelmente falso brotou em sua cândida face, enquanto seu corpanzil seguiu saindo do local a passos lentos caminhou em direção ao elevador e posteriormente a grande porta de saída, Albert seu motorista a esperava na porta da loja, e pela primeira vez ele não teria de carregar aquelas sacolas que pareciam não se findar.   Vamos embora.    Ele somente a obedeceu notando no mesmo momento que ela estava diferente, mas não iria perguntar o motivo, e assim foi à bela Scarlett seguiu em direção ao seu lar, não doce mais ainda assim lar.

Anderson Bragança Barros


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