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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vida


"(…) Hoje olhei para trás e vi uma criança, sem infância. Uma adolescente cheia de sonhos destruídos por aqueles que ela amou na vida! Hoje sou adulta, cheia de amor pela a humanidade… Mas estou cansada não tenho mais ilusões! Não entendo o porquê das guerras, da peste e da fome! Não posso salvar a humanidade! Também não quero ver ela destruída! Grito por socorro, no entanto ninguém pode ouvir meus gritos, meus lamentos estão presos. Minha garganta sufocando a alma… A alma está destruída. Está vendo aquela velhinha sentada na praça? Sua face envelhecida, suas mãos calejadas pela labuta da vida, seus cabelos brancos, seus olhos já sem o brilho de outrora. Não sei de minhas vidas passadas, nem tampouco sei de vidas que ainda virão, sei que hoje sou uma pessoa desiludida. Meus sonhos ficaram no passado, e sei que esse sofrimento muito mais interno do que externo me acompanhará ate nos últimos dias de vida! Eu chore, eu sofri, eu sorri, eu fui feliz, eu vivi! Dessa vida não se leva nada. Nem se que as lembranças! A única coisa que nos acompanha é a fé, ou algo parecido com ela (…). A fé. Hoje essa velha sentada num banco qualquer de uma praça qualquer (…). Espera desiludida e ansiosa, pela sua própria partida." 





Anderson Bragança Barros



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