Meus dias andam tão confusamente iguais, tenho vivido sem viver, tenho feito coisas sem de fato fazer. Existem paredes que me prende, existem amaras; Meus passos seguem pelo chão, no entanto me sinto sem rumo e às vezes sem passos, respiro tranquilamente com uma respiração falsa e inexistente. A bebida já não é mais cura, as “amizades” já não são mais suficientes tenho me prendido a mim mesmo, estou só... Sem ninguém e ficando cada vez mais maluco, um maluco fingido ser um louco feliz ou melhor, aparentemente feliz. Minha mente anda silenciosa como nunca e é o que me assusta, preferia está silencioso exteriormente, pois está sem nada por dentro é terrível, me guio como um nada seguindo sem destino certo e sem caminho aparente.
Eu espero algo, alguém ou alguma coisa me faça ver a vida diferente, mas já perdi a esperança não vejo essa possibilidade acontecer, às vezes corro quando sinto que alguém está entrando, chegando e ou fazendo parte do meu mais intimo ser. Não consigo mais “amar” isso tem me assustado, pois eu gostava de viver, vivia ao menos em meus mundos de fantasias... Eu gostava de sonhar, hoje meus sonhos são vagos e busca somente uma coisa, um algo que eu ainda não sei bem o que é... Cuidado comigo não me amem, não
tentem me fazer mudar, pois eu mudei... E mudei para pior, não quero não desejo e nem tampouco estou preparado para
isso, acho que não estou hoje preparado para nada.
Não me sinto desiludido, só me sinto só, só me sinto desmotivado... O amor machuca, confunde e enlouquece, e talvez seja por esse motivo que eu cheguei ao ponto que estou... Não tem como amar e ser feliz ao menos tempo, não tem como ser inteligente e amar, o amor te deixa bobo e no fim aquela aparente felicidade vira uma loucura localizada, sim localizada em sua cabeça em sua mente e você acaba se perdendo, eu estou perdido. Opa perdido e não tenho hoje a mínima vontade de ser achado.
Anderson Bragança Barros
